quarta-feira, março 15, 2006

Não é só uma andorinha que faz a Primavera




As andorinhas chegaram. Dei-lhes as boas-vindas como dou aos amigos que fizeram uma longa viagem para chegar até mim. As andorinhas de certa forma tranquilizam-me quando chegam. São um sinal de normalidade. Um sinal de que tudo ainda funciona como antigamente. Invejo-lhes a coragem e determinação que têm ao fazer milhares de km duas vezes em cada ano! Atravessar o Mar Mediterrâneo, o deserto do Sahara e toda a Africa Sub-sahariana é um feito notável. E considero uma sorte e um privilégio que escolham a minha casa para fazer o ninho. Mas hoje penso na andorinha que chegou na semana passada à minha casa com este vento e esta chuva acho que se chateou com o tempo e voltou para o Sul.
(O desenho é meu! A andorinha parece que tem uma peruca :)

sexta-feira, março 10, 2006

Dezembro de 1970



Sempre adorei as fotografias antigas da familia, ainda que nessa altura não se usassem muito os sorrisos nas fotografias. Todos têm um ar bastante austero e eu estou por ali no meio envolvida nuns tecidos brancos provavelmente primorozamente cosidos pela minha mãe. Começando pela linha de trás pela direita estão o meu avô materno, o meu pai e o meu irmão mais velho, a minha mãe, a minha avó paterna e um primo. Na linha da frente estão o meu padrinho e madrinha e eu ao colo, a minha tia e o meu tio. Um pormenor que me chama a atenção é o meu avô com o chapéu na mão, ele nunca saía de casa sem o seu chapéu preto.

sexta-feira, março 03, 2006

O Jardim de Miss Clara


Nas minhas viagens pelo mundo encontrei sempre lugares especiais. Lugares onde me imaginei viver histórias das que são feitas nos fairy tales, contes de fées ou contos de fadas. Por isso quando encontrei Le jardin de Miss Clara apeteceu-me relembrar sitíos na Escócia, na Polónia, na França, no País Basco onde a magia do mundo das fadas transparece a qualquer hora do dia.

quinta-feira, março 02, 2006

Dicionário de construção


Enquanto explorava as propostas do projecto de arquitectura fui ganhando novo vocabulário que tive de ir assimilando para perceber o resultado real daqueles desenhos. É nestas alturas que se deve dar valor à lingua portuguesa e à variedade de palavras que existem para representar a realidade.

Alvenaria – arte de construir em pedra e cal
Alicerce – fundações de um edifício
Alçados – plantas exteriores de um edifício
Rodapé – faixa de madeira ou outro material na base das paredes interiores
Cumeeira – parte cimeira do telhado
Empena – parte superior e triangular de uma fachada onde assenta o vigamento de um telhado de duas águas
Beiral – parte do telhado que sobressai fora da parede
Soleira – peça de pedra onde assentam os umbrais da porta ou da janela
Torça – verga superior da porta ou janela
Caixilho – material que envolve as portas e as janelas
Ombreira ou umbrais – Cada um dos lados de uma porta ou janela
Peitoril – parapeito da janela
Saguão – pátio estreito e descoberto entre dois edifícios ou no interior de um edifício
Janela de duas folhas – janela que abre ao meio para os lados
Reboco – argamassa com que se alisam as paredes para receber a tinta
Juntas racheadas – juntas de uma parede de pedra preenchidas com lascas de pedra e argamassa
Trave – peça de madeira grossa e comprida sobre a qual assentam as outras peças de um pavimento ou armação. Também se pode chamar viga
Travessas – peças de madeira que assentam na trave na perpendicular
Forro – espaço entre o tecto e o telhado. Pode ele próprio ser o tecto.
Telhado de duas águas – telhado com duas inclinações
Telhado de uma água – telhado com uma inclinação
MDF – Pasta de madeira prensada
Mosaico – ladrilho para pavimento
Azulejo – ladrilho vidrado para revestir paredes
Continua...